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Vacina russa contra covid-19 pode ser liberada no Brasil

    vacina russa contra covid-19

    É possível que o Brasil tenha um terceiro imunizante autorizado no País, dado as expectativas para a liberação da vacina russa contra covid-19 – Sputnik V. Segundo a farmacêutica União Química, as negociações para aprovar o uso emergencial do imunizante, junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já estão em andamento, para que dessa maneira, seja possível fabricar a vacina no Brasil.

    De acordo com os russos, para acelerar a aprovação do imunizante, eles irão enviar resultados adicionais dos testes clínicos de estágio avançado, com cerca de 22 mil voluntários na Rússia, de um total de 44 mil. Com isso, os russos pretendem convencer a Anvisa de que a vacina Sputnik V é segura e tem uma eficácia de 90%.

    O Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) tem pronto 400 mil doses para serem encaminhadas ao Brasil logo após a Anvisa liberar o uso emergencial, seguidas por 4,6 milhões de doses em Fevereiro, e 6 milhões em março, graças ao processo de envasamento da União Química na linha de produção no estado de São Paulo. 

    União Química receberá transferência completa de tecnologia para produzir vacina no Brasil

    Enquanto a discussão sobre a aprovação do uso emergencial caminha, a União Química já começou um teste de produção do ingrediente ativo para produzir a vacina russa contra covid-19 – Sputnik V, tendo como objetivo produzir a vacina inteiramente no Brasil, a partir do mês de abril.

    Segundo Miguel Giudicissi, cientista chefe da União Química, o contrato com o fundo de investimento direto da Rússia (RDIF) já está em andamento e prevê a transferência completa da tecnologia, no qual as células e clones dos vírus já foram encaminhadas à farmacêutica para iniciar a produção no Brasil, sem ter a necessidade de importar o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) de outro país.

    Para efeitos de comparação, atualmente o Brasil está dependendo da exportação de ingredientes ativos de vacinas pela China para produzir os imunizantes. No entanto, este envio tem atrasado, afetando a produção das vacinas no país.

    A Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan preveem começar a produzir vacinas inteiramente no país apenas no segundo semestre — em agosto a vacina da AstraZeneca será fabricada pela Fiocruz, e no final de setembro o Butantan começará a fabricar a vacina da Sinovac.

    No caso da União Química, ter uma vacina inteiramente produzida no Brasil, já em abril, evitaria tais atrasos, tanto relacionados à entrega dos insumos, quanto à postergação das fases de vacinação (devido à falta de imunizantes, por exemplo). 

    Segundo o presidente da União Química, Fernando de Castro Marques: “o reagente poderá ser fabricado na unidade da empresa em Brasília, para depois ser envasado na fábrica em Guarulhos. É uma independência que nosso país precisa ter”. 

    Países que já aprovaram a vacina russa contra covid-19 – Sputnik V

    Até o momento, a vacina russa contra covid-19 começou a ser aplicada na América Latina e no leste europeu, incluindo a própria Rússia. De acordo com os dados dos fabricantes russos, cerca de 50 países registraram ou ainda estão em negociação pelo imunizante Sputnik V (desenvolvido pelo Instituto Gamaleya). 

    Uma das mais recentes aprovação do imunizante russo veio ontem (21/01) na Hungria. Além disso, os Emirados Árabes Unidos também aprovaram a vacina no mesmo dia.

    Quem deu o pontapé inicial para a aplicação da Sputnik V no mundo (fora da Rússia) foi a Argentina, que iniciou a vacinação ainda em dezembro do ano passado. Até agora, cerca de 243.000 pessoas foram imunizadas com a vacina russa, e não houve ocorrência significativa de reações graves. 

    O Paraguai também aprovou o uso emergencial da vacina no dia 15/01, assim como a Venezuela em 13/01 e a Bolívia, que aprovou no dia 06/01. O México está atualmente em negociação para a aprovação da vacina. 

    Fora do território latino-americano, a vacina russa contra covid-19 – Sputnik V, também foi aprovado na Bielorrússia, Sérvia, Argélia e os territórios palestinos (que não estão sendo vacinados no mesmo lote que Israel, que, sem incluir os palestinos, já vacinou mais de 20% da população).


    Fonte: Exame.com | InfoMoney

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